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Planejamento Sucessório: Quando revisar o seu?

  • Foto do escritor: Juliana Bianchi
    Juliana Bianchi
  • há 4 dias
  • 3 min de leitura

Neste texto você encontrará:


 

Se você já estruturou seu planejamento sucessório há alguns anos, talvez se pergunte: será que ele ainda reflete a minha vida hoje? Mudanças familiares, novas conquistas, separações, recomeços e até transformações na lei podem tornar um planejamento antigo insuficiente ou desatualizado.


Assim como atualizamos nossos documentos, contratos e planos de vida, o planejamento sucessório também precisa ser revisto periodicamente — não apenas por obrigação jurídica, mas como um ato de cuidado, responsabilidade e coerência com o momento atual.


Neste artigo, você vai entender quando e por que revisar o seu planejamento, como identificar o momento certo para fazer ajustes e quais passos seguir para garantir que sua vontade permaneça clara, válida e protegida.

 


  1. O que é atualização de planejamento sucessório


A atualização do planejamento sucessório é o processo de revisar, ajustar e adequar as decisões previamente tomadas sobre a sucessão de bens e direitos. Ela é necessária porque o patrimônio, as relações familiares e a legislação estão em constante transformação. Revisar o planejamento garante que ele continue refletindo a realidade atual do titular e sua vontade legítima, evitando disputas e desajustes futuros entre os herdeiros.



  1. Por que revisar é tão importante

 

Um planejamento sucessório não é um documento estático — ele deve acompanhar as mudanças da vida. Casamentos, divórcios, nascimentos, falecimentos, novas aquisições ou venda de bens, criação de empresas e alterações tributárias são fatos que podem tornar um planejamento anterior incompleto ou ineficaz. Além disso, revisar periodicamente evita:


  • Conflitos familiares por interpretações ultrapassadas;

  • Problemas fiscais e cartorários;

  • Dificuldades na execução de testamentos e doações;

  • Ineficiência na administração dos bens.


A atualização é também um ato de cuidado e responsabilidade familiar, pois assegura que o patrimônio será transmitido conforme os valores e o contexto atual da família.


 

  1. Sinais de que o planejamento precisa ser atualizado

 

Recomenda-se revisar o planejamento sucessório a cada 3 a 5 anos, ou sempre que ocorrer qualquer das situações abaixo:


  • Alteração no estado civil (casamento, separação, divórcio ou viuvez);

  • Nascimento ou falecimento de herdeiros;

  • Mudança na composição patrimonial (compra, venda, doação ou herança de bens);

  • Alterações na estrutura societária (participações, holdings, dissoluções);

  • Modificações relevantes na legislação civil, tributária ou sucessória;

  • Mudanças de domicílio (especialmente entre estados com regras fiscais distintas);

  • Revisão do testamento ou cláusulas de usufruto e incomunicabilidade.


Esses eventos podem gerar desequilíbrio entre a vontade do titular e a realidade jurídica, motivo pelo qual a revisão periódica é indispensável.

 


  1. Passo a passo para revisar o planejamento sucessório

 

a) Reunir a documentação atualizada: Reúna testamentos, doações, contratos, registros de imóveis, participações societárias e documentos fiscais.


b) Revisar a estrutura familiar e patrimonial: Verifique se houve mudanças na família (novos herdeiros, casamentos, dissoluções, falecimentos) ou no patrimônio.


c) Consultar o advogado especializado: A revisão deve ser conduzida por profissional com experiência em Direito das Sucessões e Planejamento Patrimonial, que identificará ajustes necessários e oportunidades legais.


d) Analisar cláusulas e instrumentos: Verifique se as cláusulas restritivas (como usufruto, reversão, incomunicabilidade e inalienabilidade) ainda fazem sentido.


e) Atualizar formalmente os instrumentos: Faça a revisão por meio de novo testamento, termo de retificação, escritura pública ou reorganização societária, conforme o caso.


 

  1. Requisitos legais e fundamentos jurídicos

 

A legislação brasileira permite a revisão e atualização de qualquer instrumento sucessório enquanto o titular estiver em plena capacidade civil. Os principais fundamentos jurídicos são:


  • Código Civil (Lei nº 10.406/2002):

    • Art. 104 — liberdade de contratar e modificar atos jurídicos dentro dos limites da lei;

    • Arts. 1.857 a 1.879 — permitem alteração ou revogação de testamentos a qualquer tempo;

    • Arts. 538 a 564 — tratam das doações e suas condições;

    • Art. 1.639 e seguintes — regulam os regimes de bens e pactos antenupciais.


A revisão periódica assegura que todos os atos permaneçam válidos e adequados às circunstâncias pessoais e patrimoniais atuais.

 


  1. Conclusão e contato

 

A vida é dinâmica — e o planejamento sucessório precisa acompanhar essas mudanças.Revisar periodicamente é o que garante segurança jurídica, harmonia familiar e fidelidade à vontade do titular. Mais do que um procedimento técnico, a atualização é um gesto de zelo e continuidade, que protege tanto o patrimônio quanto os valores familiares.


💌 No Juliana Bianchi Advocacia e Consultoria Jurídica, acreditamos que a verdadeira proteção começa com a prevenção.


Se você elaborou seu planejamento há alguns anos ou passou por mudanças significativas, este é o momento ideal para revisá-lo com tranquilidade, clareza e empatia. Estamos prontos para te ajudar a garantir que seu legado permaneça protegido — exatamente como você idealizou.

 

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